Conduzida por Gonçalo Sobral Martins e José Guilherme Sousa
Também incluída no FEPIANO 9, publicado em Maio de 2014
Que balanço faz destes últimos 8 anos, enquanto reitor da Universidade do Porto?
Os resultados demonstram que, nestes oito anos, a Universidade do Porto evoluiu positivamente. Algo de que nos orgulhamos é o facto de sermos a Universidade mais procurada, com quase todas as vagas a serem preenchidas na primeira fase, tendo cerca de 1,8 candidaturas por vaga. Além disso, a UP é aquela que consegue a média de entrada superior em todo o país. Temos crescido imenso na área da internacionalização, com quase quatro mil estudantes e investigadores estrangeiros. E tivemos que fazer tudo isto com uma redução drástica dos apoios financeiros provenientes diretamente do Orçamento do Estado, o que pressupõe um enorme esforço em gerar uma porção considerável de receitas próprias. Muito importante, também, é o cultivo da coesão na UP e da cooperação entre as várias Faculdades e unidades de investigação, porque finalmente se percebeu que, sozinhos, valemos pouco. A forte ligação conseguida com a sociedade e com as empresas, onde saliento a criação do UPTEC, bem como o surgimento nos rankings internacionais, são, também, pontos que destaco nestes dois mandatos. Mas tudo isto se deve à enorme qualidade e ao empenho da comunidade académica da U.Porto, bem como ao excecional trabalho realizado pelos membros da equipa reitoral que tive o gosto de liderar durante este tempo.
Qual é o papel que cabe ao próximo Reitor?
Nisso tenho mais dificuldade em me exprimir. Não me compete dar indicações nem conselhos a ninguém. O que eu gostaria é que, quem venha a seguir, continue a levar a Universidade para posições cada vez mais reconhecidas internacionalmente. O nosso país ganha imenso prestígio e respeito internacionais, se tiver Universidades reputadas.
E se tivesse de apontar o grande desafio que o próximo Reitor poderá ter?
O grande desafio que poderá ter, enquanto Reitor, é pôr a Universidade sempre com maior reputação e reconhecimento internacionais avaliados, por exemplo, pelo lugar ocupado nos melhores rankings mundiais. Isto não quer dizer que considere que o melhor posicionamento nos rankings seja um objetivo, mas antes um desafio e uma motivação, já que, lá chegar, implica que se melhore a qualidade, a internacionalização e a investigação. Será sinal de que tudo, em volta da Universidade, melhorou muito. A posição nos rankings só reflete o nível e a qualidade do cumprimento da nossa missão. Ninguém quer entrar nas listas das melhores Universidades só para lá estar. Há um propósito: ser- -se melhor no cumprimento da missão. E essa subida regista essa mesma melhoria nos diferentes indicadores.
Considera que, em Portugal, ainda há falta de cooperação entre as Universidades portuguesas?
Sim, sem dúvida. Considero que uma das grandes dificuldades da cooperação entre instituições de ensino superior se deve, para além de uma cultura fechada, à enorme proliferação destas mesmas entidades: em Portugal, temos 14 Universidades e 15 Politécnicos públicos. Totalizam-se 29 instituições públicas. Fazendo a equivalência com Espanha, que tem 4,5 vezes a nossa população e possui 47 Universidades públicas, nós deveríamos ter cerca de 10. Tal significa que temos de fazer imensas interfaces para que se consiga atingir uma dimensão considerável em termos de cooperação. Para dar um exemplo desta proliferação exagerada, aqui há dias, assinou-se um protocolo para a mobilidade entre o Norte de Portugal e a região espanhola da Galiza. Ambas as regiões têm uma população com dimensão semelhante. Pois bem: a Galiza apresentou-se com 3 instituições a assinar o protocolo e o Norte de Portugal com 8. Portanto, este é um dos grandes problemas. Outro entrave é a mentalidade de jardim que nós temos. Cada um quer mandar no seu e temos dificuldade em partilhar recursos e capacidades com o outro.
Por vários estudos realizados, essa crise, de que fala, tem levado muitos jovens a não porem nos seus planos o ensino superior, já que há cada vez mais a ideia instalada de que não compensa investir na sua formação. Qual a sua opinião acerca disto?
Seria muito mau se os jovens abandonassem o ensino superior. Julgo que a formação básica e cultural que a Universidade confere às pessoas lhes dá uma capacidade de encontrar soluções, no decorrer das suas vidas, muito melhor do que aqueles que não a usufruíram. Claro que poderemos encontrar sempre casos de pessoas que não tiraram curso superior e que tiveram grande sucesso na vida. Em Portugal, temos vários exemplos desses. No entanto, esses casos são a exceção. O que a regra nos dita é que, quem tem curso superior, terá muitas mais possibilidades de encontrar emprego e que este seja mais bem remunerado. Posto isto, penso que é uma campanha terrível aquela que quer afastar os jovens do ensino superior. Uma coisa importante, também, de se perceber é que não se pode medir o sucesso da formação universitária pela percentagem de pessoas que encontram emprego na área em que se formaram. Isso é impossível de conceber, até. Porém, não é algo negativo, porque o papel da Universidade é gerar, no indivíduo, a capacidade para se adaptar e encontrar soluções que melhor se adeqúem a si. Quantos não fazem a sua vida em áreas diferentes daquelas que esperariam? E isso não pode ser um drama. É, sim, a prova de que a formação permite, ao indivíduo, esta versatilidade de soluções, comparativamente àquele que não a teve. Acredito que a criação de cursos de ensino superior curtos, de dois anos, teria um papel preponderante neste ponto. Em todo o caso, em paralelo com a promoção do ensino superior para a população, deve-se fazer com que a maioria dos jovens complete o 12.º ano. Portugal, neste âmbito, encontra-se muito abaixo da média europeia e, enquanto alguns países chegam a ter 80% da população com o 12.º ano, nós estamos ainda em cerca de 40%. É um número terrivelmente baixo.
O Professor já se mostrou apologista, por várias vezes, de um curso superior curto (de dois anos). Qual a ideia inerente a este modelo de curso e o que poderá vir a acrescentar e a colmatar, em relação aos modelos de ensino que já existem?
Este tipo de curso vem, sobretudo, abrir uma porta a muitos estudantes que terminam o 12.º ano e que não se sentem com competências para prosseguirem os seus estudos para o ensino superior dito habitual. Nós não somos todos iguais. Iludimo-nos ao pensar que todos deverão prosseguir estudos até a um mestrado ou a um doutoramento. Nem isso seria bom, nem significa, sequer, que quem tira um doutoramento vai ter mais sucesso na sua vida profissional. Por vezes, até podem ser os que têm menos sucesso do ponto de vista financeiro. E, como todo o tipo de pessoas são importantes numa sociedade, é necessário albergar um ensino superior com várias missões. Inclusive, esse ensino superior curto, com uma vertente mais prática e ligada à sociedade, sem fechar portas a que, quem o integre, se se sentir motivado e mostrar valências disso, possa prosseguir estudos.
É da opinião de que o Porto tem ganho muito com a sua Universidade e vice-versa?
Têm havido bastantes sinergias entre a cidade e a Universidade. De um modo geral, um estudante estrangeiro procura uma Universidade pela sua qualidade, mas não só. Também a elege pela cidade e pelo país onde está inserida. O Porto tem evoluído muito com a la movida noturna, com a recuperação do centro da baixa da cidade e, até, com um aeroporto que é atrativo. Na verdade, tem havido ligação entre as duas instituições, mas acredito que ainda possa haver mais, nomeadamente nas áreas cultural, de formação e científica. Têm sido feitos esforços para que se possa maximizar o que de bom cada lado possa retirar desta ligação. O Porto Digital, uma rede de fibra ótica que alberga a cidade, é um bom exemplo disso, tendo surgido graças a uma parceria entre a Câmara do Porto e a Universidade, depois alargada à AEP e à Metro do Porto.
Qual a sua visão em relação à Praxe académica?
Eu sou contra tudo o que seja abusar das pessoas. A Praxe que vemos por aí é um abuso inacreditável. Se tivesse o objetivo de ajudar as pessoas, de as integrar, de as apoiar nas unidades curriculares, mas não… Só as desvia das aulas para fins inoportunos. E temos números que nos mostram isso: é no primeiro ano que há uma debandada muito grande de estudantes. A maior perda de alunos ocorre nesse ano. A partir do segundo ano, já quase não há perda. Para além do mais, julgo que o 12.º ano não faz o que deveria fazer. Cumpriria a este ano realizar a transição entre os ensinos secundário e universitário, dando mais autonomia e responsabilização ao estudante, de modo a que, quando chegasse à Universidade, já tivesse esse treino. Assim não acontece e têm um choque enorme. Para além disso, se os alunos, no primeiro ano, são ainda desviados para milhentas coisas que não se coadunam com o estudo, nem com a própria integração no meio académico, ainda mais fácil é perderem o rumo. Integrar as pessoas não é pô-las a rastejar, a mergulhar em fontes, a serem insultadas, a dizerem palavrões e a andarem aos berros por aí. Isto é não respeitar, inclusivamente, os direitos dessas mesmas pessoas. Quando se usa, então, aquele tipo de chantagem baseado no “se não fazes isto, então não podes usar traje académico nem podes ter acesso a certas atividades académicas”, classifico isso como algo absolutamente reprovável.
Em mês de Queima das Fitas, não considera despropositado interromper o período de estudos pouco antes dos exames?
De facto, a Queima das Fitas não está bem posicionada em termos de calendário. Eu aceito que possam haver festejos de fim de curso, mas talvez não precisassem de ser tão prolongados e, assim, não provocariam tantos problemas.
Porque é que tem defendido que as férias dos estudantes deveriam ser mais longas?
Considero que se deveria libertar os estudantes, estender o período de férias e reduzir o de exames. O estudante não precisa de repetir tantas vezes a mesma prova – reprova, tenta outra vez, e outra… Na vida profissional, não se pode falhar assim! E é só por isso que as suas férias não são mais longas. Portanto, acho que se deve refletir em relação aos métodos de avaliação e ao calendário escolar, de modo a reduzir o tempo gasto em exames.
Mas os alunos são os principais interessados em acabar o curso em três anos e “despachar”, diga-se assim, as cadeiras…
Eu julgo que sim. No entanto, não é isso que acontece. Certamente, podem ser atribuídas responsabilidades aos estudantes que não se empenham o suficiente, mas parece- -me que também por parte dos docentes, em particular, quanto ao modo como procedem à avaliação dos estudantes. Os números ditam que menos de metade dos estudantes termina a licenciatura no tempo em que seria suposto, o que é muito frustrante. Além de não estarem a ter grande proveito da passagem pela Universidade, estão a tirar o lugar a alguém e a sobrecarregar desnecessariamente os contribuintes.
Qual a sua opinião em relação ao intercâmbio intra-universitário?
Sou da opinião que um curso como Economia, que é o vosso, teria tudo a ganhar se tivesse contacto, por exemplo, com a Biologia. Os alunos precisam de ter uma ideia do que é o mundo global. Nas grandes Universidades americanas, pelo menos 20% do curso é obrigatório que seja fora da área científica. No entanto, não é apenas ter outras cadeiras, é entrar noutras Faculdades e conhecer novas pessoas. Daí a importância de recebermos jovens vindos de Erasmus e de nós próprios sairmos para contactar com outras culturas.
Como é que os estudantes estrangeiros veem a Universidade do Porto?
Os alunos que acompanho com mais frequência são os estudantes de doutoramento e, por vezes, pergunto-lhes quais as principais diferenças entre estar por cá e estar pelas Universidades estrangeiras em que, eventualmente, tenham estado. Eles não me falam na qualidade da formação e do corpo docente, mas na escala do trabalho que é muito mais intensa lá fora e na necessidade de contactar com um ambiente muito diversificado. Por exemplo, em certos países, é muito comum quatro ou cinco jovens de áreas diferentes encontrarem-se para discutir um tema aleatório. E esta abertura permite conhecer métodos a perspectivas que são formidáveis e que o contacto fechado com os colegas do mesmo curso e em número limitado não permite.
Mas, por exemplo, a Universidade do Porto com a SdDUP permite aos estudantes esse ambiente “multicultural”…
Sim, é verdade. No entanto, há poucos estudantes ainda envoltos nesse género de dinamismos. Seria muito bom que mais alunos aderissem a esse tipo de atividades, porque, de facto, é este cruzamento de ideias e de discussões diárias que a SdDUP permite e que o ensino português não privilegia.
Considera Erasmus relevante na formação dos jovens?
Na minha opinião, é fundamental. Se toda a gente pudesse ir lá para fora por seis meses, seria excecional. Não há formação cá dentro que substitua esta experiência. A pessoa vai ter que se desenrascar por si própria, ganhar auto-estima e confiança, vai ter de competir com pessoas diferentes e vai perder a comum sensação de inferioridade. Por outro lado, Erasmus também permite ter esse mesmo contacto às pessoas que não têm possibilidade de sair, já que a Universidade do Porto recebe, também, imensos estudantes nestas condições. O programa Erasmus fez chegar às Universidades uma comunidade cosmopolita que permite a uma escala, ainda assim inferior, essa interacção entre diferentes culturas.
A seu ver, qual seria a educação perfeita?
Não existem ideais perfeitos. A perfeição é uma procura constante. Na minha opinião, o grande segredo é entrar num estado permanente de insatisfação em relação ao nível em que estamos. Se fôssemos todos perfeitos, o mundo não teria interesse… e, da mesma forma, se todos estivéssemos parados, num estado de estagnação permanente, o mundo acabaria. Não se evolui nem se melhora se não houver aquela agitação que nos leva a acordar todos os dias na procura disso mesmo. Portanto, há sempre um patamar acima e, por isso, um hipotético patamar em que já nada haveria a somar levaria a humanidade ao seu fim. Mas a melhor educação será aquela que nos garantirá a independência, ou seja, a que nos torna de tal forma autónomos que nos permite ganhar dignamente o nosso salário, por exemplo.
O que é para si a inteligência?
A inteligência é a capacidade do indivíduo se adaptar às situações, encontrando a melhor maneira de se apropriar a cada posição, tirando o melhor partido para si e para a sociedade. Temos que ter sempre presente essa vertente social e deixar de lado algo que nos caracteriza: o egoísmo. Há vários tipos de inteligência e há pessoas que têm uma delas muito desenvolvida, mas com algumas das outras descompensadas. Inteligência num tipo específico nunca foi sinónimo de sucesso, mas a combinação equilibrada das diferentes inteligências pode levar a que a pessoa tenha êxito.
O que o move?
O que me move é contribuir para o progresso das instituições em que tenho estado. Quando voltei de Inglaterra, onde me doutorei, queria muito ajudar a desenvolver a Faculdade de Engenharia: fazê-la crescer, trazer condições para que mais gente se doutorasse, fazer ligações a empresas e à sociedade. Criei, também, a minha própria empresa que, apesar de já não estar nas minhas mãos, continua saudável no mercado. Entretanto, dediquei-me à carreira universitária, fui diretor da FEUP por onze anos, quatro anos vice-reitor e oito anos reitor, sempre com o mesmo objetivo: usar a Universidade como meio para conseguir o progresso da sociedade e com o sentido de serviço. E é apenas com este espírito que podemos competir com as grandes Universidades. Ainda assim, digo muitas vezes que não me daria gozo algum estar numa Universidade muito boa num país miserável. Não tem interesse nenhum! A Universidade tem que ajudar o país a desenvolver-se social e economicamente.
Qual a posição do Porto no panorama internacional?
Nós somos conhecidos e os nossos graduados são procurados internacionalmente. Isto dá prestígio a Portugal. Têm-se instalado, no Porto, centros de investigação estrangeiros que encontram, aqui, recursos humanos capazes. Mas, para chegar a este ponto, foi necessário que fôssemos reconhecidos internacionalmente. Isso conseguiu-se porque não se desbaratou dinheiro, soube-se sempre gerir bem, dentro da autonomia que as Faculdades têm e dentro dos apoios que a sociedade nos concedeu. Houve uma óptima adaptação aos cortes e encontraram-se alternativas que continuaram a garantir a prossecução da evolução. O país viveu demasiados anos afastado da tecnologia, muito dependente da mão-de- -obra barata. Finalmente, criaram-se condições para a inovação e para o despontar de marcas próprias que nos têm permitido evoluir e aproximar dos restantes países. Acima de tudo, convém realçar que as Universidades não podem ser responsabilizadas, nem em parte, pela crise que vivemos. Pelo contrário, são indispensáveis para que o país possa sair desta situação grave onde se encontra.
Nos tempos que correm, não se torna difícil gerir a Universidade do Porto?
Com esta crise e com os cortes, não nos resignamos, nem cruzamos os braços. Tudo o que fizemos foi procurar alternativas e até acabámos por conseguir melhorar o nosso desempenho. Temos, hoje, mais e melhores cursos, porque só assim se consegue atrair estudantes. Na investigação conseguimos ser competitivos e temos trazido um número crescente de estudantes estrangeiros. Tivemos que gerar muitas mais receitas próprias para criar um complemento àquilo que o Estado nos faz chegar. Portanto, colocaram-se imensos desafios, mas que, num ambiente competitivo entre as Universidades a nível internacional, na luta por apoios externos, têm sido superados. A luta pelas verbas tem esse mesmo efeito: obriga a pensar e a encontrar soluções. Em suma, deve haver um contributo mínimo de dinheiro público para financiar os custos base das instituições, devendo o acesso ao restante estar sujeito à competição, já que esse é um grande estímulo para que as Universidades se diferenciem. Se se prestasse um apoio, sem condições a todas as instituições, tal não levaria ao progresso pela falta de incentivos.
Aproximando-se o fim do seu segundo mandato, já tem planos reservados para os próximos tempos?
Neste momento, não tenho nenhum projeto em concreto, mas sei que me vou reformar. É tempo de me poupar em termos de esforço físico e de responsabilidades, porque tive vinte e quatro anos a trabalhar doze horas por dia, fins-de-semana inclusive, e já chega (risos). Será bom olhar, agora, para a família e para mim próprio. Ninguém vem para estes cargos se não gostar. Ninguém vem pelo dinheiro que se ganha, até porque se chega a perder algum. Na minha opinião, a única recompensa é ver as coisas a evoluir.
Com tanta dedicação, considera justo o destaque e a notoriedade dada ao cargo?
Sinceramente, tem mais do que eu esperava quando assumi o cargo. Mesmo em termos de protocolo do Estado, a posição do Reitor é de destaque. Mas, claro, não temos a visibilidade dos comentadores políticos, a não ser que queiramos mesmo aparecer. Ainda assim, não temos que fazer esse esforço adicional para andar nas bocas do mundo.
Qual é, para si, a sua maior virtude? E o seu maior defeito?
A minha maior virtude, julgo eu, é respeitar os outros… Gosto de os ouvir e tenho sempre em consideração, nas minhas decisões, a opinião dos demais. Em relação ao maior defeito, diria que é confiar demasiado nalgumas pessoas. Quando se respeita, assume-se que todos se comportam de forma semelhante. A confiança é muito importante, mas até certo ponto. Numa sociedade em que a desconfiança impera, quem confia paga por isso… já que a norma é mesmo essa: desconfiar.
O que vale realmente a pena na vida?
O que vale a pena é lutar e dedicarmo-nos para que a sociedade evolua no seu todo. Trabalhar para que haja justiça, mais riqueza e melhor distribuída e mais respeito pelos direitos humanos. Isto não é mais do que respeitar e praticar os valores cristãos que eu resumo como: “tratar o próximo como gostarias que te tratassem”. Se a humanidade praticasse os princípios que Cristo nos legou, haveria menos guerras e problemas e mais justiça social. O mundo seria bem melhor!