É agora candidato à Câmara Municipal do Porto pela coligação PSD/PPM, 4 anos depois deste cargo ter sido ocupado, pela primeira vez na sua história, por um cadidato que se apresentou como independente, o Dr. Rui Moreira. Quais é que são as áreas mais fragilizadas da cidade após estes 4 anos de mandato?

Em primeiro lugar, devo começar por explicar uma coisa: Nunca tive atividade partidária. Nunca fui militante de nenhum partido, sou cabeça de lista de uma lista que nasce da iniciativa do PSD a que depois se juntou o Partido Popular Monárquico.

E a primeira questão é: porque é que alguém que nunca teve atividade partidária decide, assim de repente, candidatar-se à câmara da sua cidade. A razão é muito simples: nasce de uma constatação de que este executivo estava a levar a cidade do Porto, a minha cidade, por uma direção que colocava em causa o futuro do bem- -estar dos portuenses.

Por isso, numa primeira fase, comecei a ter uma atividade associada ao PSD de oposição a este executivo, e o passo seguinte, que surgiu naturalmente, é que para continuar essa atividade de oposição devia candidatar-me. E o que é que está mal na cidade do Porto? Na cidade não, na atuação do executivo, porque a cidade é fantástica!

O executivo é um executivo que nasce de uma coligação um pouco estranha, porque nasce de um grupo de independentes apoiado pelo CDS, que depois se associa ao PS, portanto já por aí é uma coligação estranha porque junta PS, CDS e independentes. E talvez um pouco por causa desta forma anormal como esta coligação surge, este executivo tem estado perfeitamente inativo.

Pouco tem feito para além de gerir o dia- -a-dia e tem adiado sucessivamente tudo o que é intervenção estrutural na cidade. Portanto, o que se passou nos últimos 4 anos é que o Porto perdeu 4 anos. Perdeu no sentido de durante estes 4 anos a câmara não fez o que devia ter feito para preparar o futuro da cidade. Não quer dizer que não tenha gerido o dia-a- -dia – mal em algumas áreas, como no trânsito e nos estacionamento – mas outras áreas foi gerido mais ou menos.

Mas sobretudo, adiou tudo aquilo que era investimento estrutural, e a prova disso é que se pegarem no manifesto eleitoral do Rui Moreira, onde ele elenca 22 medidas essenciais para a cidade, praticamente nada daquilo foi feito. Se eram medidas essenciais em 2013, 4 anos depois não estão feitas… Aliás o Rui Moreira não vai ter muitos problemas a fazer o programa, basta mudar 4 anos e repetir. Como ele não fez nada do que lá estava, continua tudo válido. E não é que as medidas que lá estão fossem necessariamente más, pelo contrário, há muitas delas que eu subscrevo. Só que ele não as executou.

E ele agora vem dizer que vai fazer, está prometido, mas passaram 4 anos, foram 4 anos perdidos. E foram 4 anos que demonstram que este executivo não tem condições para governar de uma forma eficaz. Esse é que é o problema principal e é contra isso que me candidato.

Mas consegue reconhecer, mesmo assim, que o Porto, ao longo dos últimos 4 anos, tem tido uma projeção internacional que dificilmente, ou mesmo nunca, conseguiu ter ao longo da sua história?

Não é verdade. Por exemplo, aquele troféu que ganhou recentemente [Best European Destination], já tinha ganho em 2012, no tempo do Rui Rio. Portanto não foi este executivo que fez isso, não teve nada que ver com a atuação deste executivo.

Vê isso como resultado de características estruturais da cidade?

Vejo isso como consequência do Porto ser uma cidade fantástica. E, se quiser, onde a câmara interveio, não foi esta foi a anterior. Foi a anterior câmara que começou a promação da cidade no exterior. Não estou a dizer que este executivo não fez nada pela promoção da cidade, estou a dizer que o salto, aquilo que torna o Porto um destino fantástico e reconhecido internacionalmente, foi feito antes deste executivo lá chegar.

Em relação à questão dos 22 pontos do Dr. Rui Moreira, e aplicando isso particularmente à realidade estudantil: temos uma universidade que é a maior e melhor de Portugal, cada vez com melhores docentes e melhores alunos. Contudo, muitas das diferentes faculdades da UP estão sucessivamente mais degradadas, como é o caso da FMDUP, da FDUP, do ICBAS e mesmo da FEP. Como vê essa falta de apoio entre a câmara municipal e a UP?

Você está-me a entregar a bola para eu criticar a administração atual, mas não o vou fazer porque seria demagógico. A UP é autónoma do município e, tanto quanto eu sei, nenhum desses problemas resulta da incapacidade do município de resolver problemas da universidade. Não vou entrar aí. No caso da universidade não conheço, mas conheço um caso que me preocupa no domínio do ensino que é o caso da Escola Secundária Alexandre Herculano.

O ensino secundário é da responsabilidade direta do governo central. Portanto, o primeiro responsável pela degradação do edifício é o Governo central que é o governo do Partido Socialista. Que fique claro este ponto. Isso não significa que a câmara do Porto, como qualquer câmara do país, não tenha responsabilidade, perante os seus cidadãos, de tentar encontrar soluções para problemas que os afetem.

E tendo em conta que eu conheço a atual administração da câmara – eu sei bem porque tive que trabalhar com eles na área da saúde, que em todo o modo é uma área parecida – sei que no caso da escola Alexandre Herculano não fez aquilo que eu faria se tivesse no lugar dele que é, mesmo sabendo que não é competência direta da câmara, a câmara faria tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudar a resolver o problema. E não é meramente escrever uma carta para o governo a dizer “há aqui um probema mas nós não o vamos resolver porque não é nossa competência” que é a atitude correta. É precisamente o contrário.

Por exemplo, em Lamego há uma escola secundária que também tem um edifício na mesma situação do Alexande Herculano, passou pelo mesmo processo do Alexandre Herculano em termos de necessidade de fazer obras, mas que não fechou. E não fechou porque a câmara de Lamego teve uma atitude proativa, colaborou com a escola e resolveu os problemas imediatos, coisa que a câmara do Porto não fez.

É essa atividade proativa que a câmara tem que ter em todas as áreas fundamentais para os cidadãos. Mesmo aquelas que são da responsabilidade direta dos cidadãos. Sem prejuízo de exigir que o governo central atue, a câmara tem que ajudar.

E isso eu sei: no caso do ensino secundário há esse exemplo; no caso da saúde, eu quando estive na administração regional de saúde do norte tive muito tempo a conversar e trabalhar com presidentes de câmara de vários municípios que tinham essa atitude proativa que acabei de descrever: íam ter com a ARS, mesmo não sendo competência deles, havia um problema e íam tentar resolver o problema. Esta câmara não tem feito isso e isso mudará no dia em que chegar à câmara.

Muitas vezes o ensino em Portugal não é suficiente para jovens com enormes aspirações e vontade de aprender e estudar, o que levou muitos alunos, como o Professor Álvaro Almeida, a buscar educação no estrangeiro, no seu caso um Ph.D pela LSE. Tendo em conta que são sempre experiências extremamente enriquecedoras, tanto a nível académico como a nível profissional e pessoal, o que é que acha que de melhor retirou do seu caso particular?

Várias coisas. Primeiro, esta experiência consegue oferecer uma visão diferente dos problemas, não tanto em termos de conteúdos, porque os conteúdos, especialmente na área da economia, são os mesmos – aprendemos pelos mesmos livros, estudamos as mesmas coisas– mas a nível da relação com os professores, do grau de exigência, da interação com colegas de realidades muito diferentes, é sobretudo uma experiência que abre horizontes.

Enriquecedora do ponto de vista de abrir luzes. Imagine que estamos habituados a ver o que está à nossa frente e de repente alguém acende uma luz e vemos que há muito para os nossos lados, há muitas coisas diferentes. A realidade é a mesma, mas há coisas diferentes. Temos uma vantagem: vemos formas distintas de analisar os problemas, porque vêem de pessoas que não são iguais.

Para alguém que faz a licenciatura e o mestrado na faculdade de economia do porto, como é o meu caso, em Portugal, é extremamente rico ir perceber que há outra realidade e perceber 2 coisas que a maior parte das pessoas não sabe: primeiro, a realidade é diferente – e se calhar isso é o que toda a gente sabe – e segundo, a realidade não é assim tão diferente.

Essa é a parte que no apercebemos que as outras pessoas e as outras realidades são diferentes mas não são assim tão diferentes, não somos um mundo à parte, somos parte do mundo e estamos integrados no mundo. E ser português e andar numa universidade portuguesa é diferente de ser inglês e estudar numa escola inglesa mas não é tão diferente assim.

E depois também há a questão pessoal de viver num país diferente. Para além da questão científica e educacional, há também a experiência pessoal. Tudo isso é algo que eu recomendo a toda a gente, e vocês têm algo que eu não tinha que é o Erasmus. O Erasmus já é um cheirinho. Não é a mesma coisa, o Erasmus é uns meses, eu tive 6 anos, mas já é um cheirinho, já dá para perceber muito do que eu vos disse. Há coisa parecidas e há coisas diferentes. Essencialmente, é muito mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa.

Tendo trabalhado no Fundo Monetário Internacional durante 3 anos em Washington DC, como viu a intervenção dessa instituição por via da Troika no nosso país? Acha que deve haver alterações relevantes à receita que foi utilizada?

Como vi? Vi com muito agrado que eles tenham vindo, porque se eles não tivessem vindo era uma desgraça. É preciso não nos esquecermos que a alternativa à intervenção do FMI era deixar de pagar salários. O primeiro ponto que temos de compreender quando analisamos intervenções do FMI é que eles não intervêm em economias em que está tudo bem, e vão lá estragar.

Quando intervêm é porque a situação já é desesperada, como era a 6 de Abril de 2011 em Portugal quando foi anunciada essa intervenção. É preciso não esquecer esse ponto, esse é o ponto de partida. O que é que acontecia se o FMI não viesse? Não havia dinheiro para pagar salários, não havia dinheiro para comprar medicamentos, não havia dinheiro para termos hospitais a funcionar.

E portanto face a essa alternativa os resultados são ótimos, porque os hospitais continuaram a funcionar, os salários continuaram a ser pagos e o país continuou a trabalhar. Esse é o primeiro ponto. Depois quanto à fórmula concreta que foi usada: a fórmula básica não tem alternativas.

Se um país tem falta de financiamento, porque se endividou demasiado, só há duas coisas que têm que ser feitas: a primeira é ajudá-lo, dando lhe financiamento, porque é isso que o FMI faz, dar financiamento quando mais ninguém dá; a segunda é criar as condições para que o financiamento seja pago, porque isto também é um financiamento, não é uma dádiva.

O FMI quando intervém naturalmente que ajuda financiando, mas como qualquer credor sensato, a sua primeira preocupação é criar condições para que o financiamento possa ser pago. Acontece nestes casos que as condições para que o financiamento possa ser pago também são aquelas que interessam – não só aos demais credores – como ao próprio país em causa, ao devedor também, para que não se volte a repetir. A primeira condição essencial é que não se volte a repetir. Portanto se há aqui um problema que levou a este resultado, a primeira preocupação tem que ser acabar com as causas do problema.

Acontece que as causas do problema estavam claramente identificadas pelo menos 10 anos antes da intervenção de 2011. Se forem ler os relatórios do FMI sobre Portugal de 2000 ou 2001, que estão publicados na Internet, veem lá mencionados um conjunto de problemas que foram os que levaram à situação final. Não estavam lá todos, que em 10 anos aconteceram coisas que não estavam previstas, mas os problemas de fundo estavam identificados.

E portanto a intervenção do FMI teve que ser no sentido de resolver esses problemas. O terceiro aspeto que devemos considerar na análise de qualquer intervenção – e isto é válido para o FMI como para qualquer intervenção pública – é que, se formos intelectualmente sérios, não podemos avaliar uma intervenção feita há 5 anos com a informação que temos hoje, porque quem fez a intervenção há 5 anos não tinha a informação que temos hoje.

A única questão intelectualmente séria que podemos fazer, seja no caso do FMI, seja no caso do Banco de Portugal quando se trata de bancos, é: com a informação que existia naquela altura foi seguida a melhor alternativa ou não? E a resposta a essa pergunta é: sim, com a informação que existia naquela altura, sim. Viemos a saber que afinal de contas os bancos estavam piores do que se pensava.

Pois, mas primeiro, o próprio FMI já tinha considerado que 12 mil milhões do pacote era só para bancos, se não foram usados não foi porque não foi prevista essa necessidade; e depois a informação que existia era de que não era preciso. O próprio Banco Espírito Santo disse “Nós não precisamos de ajuda”. Havia dinheiro para ajudar os bancos, alguns usaram, o BES disse que não precisava.

Não podemos condenar o FMI por não ter resolvido os problemas da banca, quando era a própria banca, o próprio BES, a dizer que não precisava de ajuda. E a informação que dava justificava isso. Depois, houve erros técnicos? Não há ninguém que seja perfeito. Por exemplo, houve um senhor ontem que arbitrou um jogo de futebol que não viu 2 penáltis… acontece. O próprio Ronaldo falhou um penálti. Ninguém é perfeito.

O FMI tem uma vantagem sobre qualquer outra instituição que é ter uma auditoria externa regular, em que pede a peritos externos para avaliarem o que fez. E é natural que os peritos externos encontrem coisas que fariam de forma diferente. Mas são coisas essenciais? São na estrutura? Não, no essencial está bem. Depois se há um multiplicador que foi demasiado grande, que foi mal estimado… acontece. Se há uma coisa que os economistas sabem é que a Economia não é uma ciência exata. Podemos fazer uma estimação que depois não se verifica, mas o que é que é fundamental? Que à luz da nova informação se corrija a rota.

E acha que o FMI tem usado esse feedback para melhorar a sua atuação?

Tenho a certeza. Aliás, se compararmos o que era o programa inicial e o que foi o programa final constatamos que houve mudanças ao longo do programa, ajustando-o à nova realidade. E essa capacidade é que é fundamental. Estar agora a dizer “mas vocês não previram que isto ia acontecer”, isso não é justo nem intelectualmente sério.

O FMI, isso é uma coisa de que eu tenho a certeza, tem competência. Aliás, a razão pela qual o FMI foi chamado para a intervenção nos países europeus, nomeadamente na Grécia, na Irlanda e em Portugal, foi exatamente porque todos sabiam que o FMI tinha competência técnica para este tipo de intervenções que mais ninguém tinha. E não tenho dúvidas nenhumas que eles têm essa competência e que fizeram o melhor que sabiam e que podiam, tendo em conta a informação disponível na altura. E diga-se também, já agora indo um bocadinho mais longe, que com exceção de não terem previsto uma recessão mais forte do que realmente aconteceu na Europa, o programa estava bem montado.

As únicas falhas no programa aconteceram porque o FMI previa que o crescimento em 2012 e 2013 na Europa iria ser muito maior do que na realidade foi, e como Portugal depende do que se passa na Europa, como o crescimento na Europa foi muito mais fraco do que estava previsto, também o crescimento em Portugal foi muito mais fraco do que estava previsto, e portanto a crise foi maior do que se pensava. Isso foi aquilo que correu mal no programa do FMI, que não foi no programa que correu mal, foi na realidade – aconteceu o que não se estava à espera.

Ou seja as medidas não foram aplicadas de uma maneira exagerada, possivelmente o que aconteceu é que as condições macroeconómicas envolventes levaram a que houvesse um aumento do seu impacto?

Sim, e há outro aspeto que é importante salientar no que diz respeito a essa questão de serem exageradas as medidas ou não: é que qualquer ajustamento menos violento exigiria mais financiamento. É uma questão de lógica. Se o défice não baixa tanto isso significa que o período de transição em que o défice é grande, e precisa de ser financiado pelo FMI, é maior.

E havia disponibilidade dos credores para financiar mais? O financiamento a Portugal já foi o maior de sempre em percentagem da cota do FMI. Ou melhor, foi o maior enquanto financiamento individual, se somarmos os financiamentos gregos todos dá mais. Mas o primeiro financiamento grego foi menor que o financiamento português em percentagem da cota do FMI.

Ou seja, foi um grande financiamento. Aliás as principais críticas internas a propósito do financiamento a Portugal foram exatamente o FMI ter metido mais dinheiro do que seria normal nestas circunstâncias. Ora isso significa que se eles tivessem feito um ajustamento mais suave era preciso que não só o FMI, mas também os outros países europeus, metessem mais dinheiro.

E a questão é: Estavam disponíveis para fazê-lo na altura? Provavelmente não, e por isso é que o ajustamento teve que ser assim. Não foi necessariamente uma escolha, foi uma necessidade.

Esteve exatamente onde nós estamos há uns anos atrás e, depois de um percurso bastante brilhante, o que é que considera que mudou na FEP? E o que é que não mudou na FEP que devia ter mudado?

O que não mudou que devia ter mudado é muito simples: o edifício. A infraestrutura física do edifício principal devia ter evoluído. Basicamente nós temos hoje um edifício principal que está a precisar de uma intervenção profunda e se calhar não deveríamos ter chegado aqui. Não quer dizer que alguém se enganou a meio do percurso e que se devesse fazer algo diferente do que se fez. Há uma série de limitações que este edifício tem e que justifica porque se chegou a esta situação.

Não estou a criticar ninguém do passado. Estou aqui apenas a constatar que do ponto de vista da FEP, se me perguntar o que é que está mal, é o edifício. A FEP, para além do edifício, tem agora um número de doutorados incomparavelmente maior e, sem nenhum desprimor com aqueles que foram meus professores – que alguns deles ainda cá estão, mas mesmo com os outros que não estão cá e que foram muitos deles bons professores – estou convencido de que o nível médio do corpo docente é hoje melhor e mais qualificado do que era no meu tempo de estudante. Depois vocês têm uma série de oportunidades que nós não tínhamos.

O Erasmus é uma coisa que é essencial, que todos deviam fazer para conhecer a tal realidade. Têm capacidades tecnológicas que nós não tínhamos. Eu lembro-me de uma coisa que agora vos vai parecer perfeitamente absurda. Quando estava a fazer a minha tese de mestrado, e isto já foi numa fase avançada, tive que ir a Lisboa à biblioteca da Nova para consultar um artigo que tinha visto numa referência e que achei que era importante, ao qual de outra forma não teria acesso.

Não fui de propósito por causa desse artigo, aproveitei, juntei uma série de coisas e fui lá. Mas tive que ir fisicamente à biblioteca da Nova em Lisboa. E mais, lembro-me que havia na altura um serviço muito interessante do British Council que permitia encomendar cópias de material que estivesse nas bibliotecas inglesas, e houve um artigo que recebi por essa via. Hoje em dia não passa pela cabeça de ninguém uma coisa dessas.

Por correio físico portanto?

Sim, mandaram-me por correio físico as fotocópias desse artigo. Já havia fotocópias, também não sou assim tão antigo quanto isso. E ainda paguei por elas um dinheiro razoável. O acesso a informação que vocês têm hoje torna a vossa experiência educativa totalmente diferente daquela que foi a minha. Nós tínhamos muito menos informação, estávamos muito mais dependentes daquilo que os professores nos diziam.

Vocês podem estar, espero que não ao mesmo tempo, mas quase ao mesmo tempo que eu estou a dizer uma coisa, a ir confirmar à Internet se é verdade ou não. Nós na altura aceitávamos tudo o que nos davam porque não tínhamos forma imediata de comparar. Vocês têm um acesso a informação que muda radicalmente o mundo